Independente demais pra precisar de alguém

Sempre tive essa mania de querer fazer as coisas por mim, de sair pela janela só para poder conhecer o mundo com os próprios olhos. Também não sou aquele tipo de garota que chora madrugadas inteiras pensando naquele amor que chegou ao fim, que no final das contas nem deveria ser amor. Não sou de ficar me arrastando por aí com rosas nas mãos e implorando uma segunda chance sendo que existem milhares delas por aí. 

Não sou de ficar entregando segunda oportunidade na mão de quem não mereceu nem a primeira, porque quem realmente quer faz por onde, arruma tempo, inventa alguma coisa, corre atrás, pega um táxi, mas não deixa pra depois, não inventa desculpa, não se faz de desentendido. E na minha vida, não tem lugar pra quem me tira a paciência. Se não quis levar a sério, alguém vai querer, se não aproveitou, alguém aproveita no seu lugar. 

É simples, mas as pessoas insistem em complicar. Não nasci independente, mas aprendi a ser. Já fui uma dessas garotas que chora por um cara qualquer, que envia mensagem de madrugada falando que sente falta, já corri atrás de quem não fazia questão de parar um segundo por mim. Deixei de lado algumas vontades, me calei por falta de argumento, sequei algumas lágrimas com medo, mas eu parei de me importar com quem só me fazia de segunda opção. Quebrei a cara tantas vezes que agora nem dor eu sinto mais. 

Foi aí que saí do casulo e comecei a andar com as minhas próprias pernas. Depois de tanto tempo, eu aprendi que não posso colocar a minha felicidade, o meu futuro ou a minha liberdade na mão de alguém, não posso depositar a minha fé e esperança na mão de terceiros, ou seja, independente demais pra precisar de alguém.