SERIAL KILLERS - um livro para quem gosta de estudar crime


SINOPSE

"O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move – e o que pode deter – assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose, de Alfred Hitchcok), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria?



As respostas estão no novo lançamento da editora DarkSide Books: Serial Killers, Anatomia do Mal, dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter – que pesquisa o tema há mais de três décadas e já publicou, inclusive, a biografia de Ed Gein, Deviant (1998) -, o livro é referência fundamental a todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia. Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em série dos Estados Unidos, Serial Killer, Anatomia do Mal abrange desde a criação do termo serial killer no início do século XX até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop (cinema, música e literatura)."

MINHA EXPERIÊNCIA COM A LEITURA
Minha decisão em comprar o livro Serial Killers: Anatomia do Mal foi um pouco inesperada. A primeira vez em que passou pela minha cabeça comprá-lo foi quando eu voltava para casa depois de uma noite inteira no curso; o ônibus quase vazio era um tédio, e o silêncio parecia ensurdecedor, até que observei aquela garota sentada nos primeiros lugares, lendo o livro à medida em que também tentava ler o que estava escrito na capa. 


Foi como se o mundo conspirasse para que eu o conhecesse, e aqui estou com um livro de 473 páginas. Não vou mentir e dizer que a leitura é leve e flui com naturalidade, ela é capaz de manter cada parte de você em um universo muito desconexo do que estamos acostumados. É como manter algo paralelo a nós, e não permitir que isso nos toque realmente. 

Harold Schechter é escritor especializado em criminologia, grande parte do seu tempo é dedicado ao estudo de assassinatos impiedosos e cruéis, principalmente aqueles que ainda são marcas negativas na vida de muitas famílias vitimadas por crimes tão macabros. Suas pesquisas exploram tudo que envolva a ação da violência, deixando evidente questionamentos e respostas que mostrem como um ser humano pode se entregar a desumanidade tão facilmente e quais os pensamentos de quem não se arrepende de fazer mal a ninguém. 


Parece que estamos lidando com uma variedade de ficções que não passam da fantasia, porém à medida em que é possível estabelecer o fio que liga estudos de casos com a realidade, é mais fácil saber que absolutamente tudo que é descrito no livro, realmente aconteceu. 

A parte mais estranha foi relacionar a ideia de que os serial killers são pessoas "normais", mas normal do sentido de terem uma família, de terem filhos, de também irem para a escola e também se relacionarem com todos os tipos de pessoas que estão ao seu redor. É difícil dizer ao certo se alguém é tendencioso a se tornar um assassino em série só pelo convívio, apesar de existirem algumas definições quem tornem isso mais fácil, como por exemplo, se na adolescência matava animais domésticos é um possível sinal, ou se gostava de incendiar coisas, outro sinal. 


A leitura não é indicada para pessoas sensíveis, é uma recomendação que consta nas primeiras páginas. Senti diversas vezes um breve mal estar, o que me obrigou a interromper os capítulos seguintes por algum tempo, até sentir que meu consciência havia absorvido tudo sem afetar meus pensamentos ou quem eu era. Agora entendo porque algumas pessoas entram na área de criminologia e investigação, e depois de algum tempo se tornam tão diferentes: é quase impossível não permitir que as experiências vividas te transformem como ser humano. 

Para entender o que hoje é chamado de Serial Killers, é preciso olhar para o passado e tentar conectar todas os acontecimentos antigos no quebra-cabeça mais atual, por isso é feito uma retrospectiva sobre como o termo se originou, e uma breve introdução aos primeiros assassinatos da história.  É uma análise do tempo em que se remete as principais características deles, e entender sua frieza foi a parte mais tensa. Como pode um coração não se abater diante de tanta dor e morte?


A verdade por trás de todos os estudos de caso são impressionantes a ponto de tirar o fôlego, e mesmo assim é muito comum se perguntar se foi mesmo real, ou continuar com suas próprias dúvidas. Mas a principal questão que me puxou para a leitora foi porque eles matam? É normal não se cansar em buscar respostas desesperadas a essa questão, e nem mesmo a psicologia humana foi capaz de responder a todas, porém a resposta é obvia depois da leitora: eles gostam de matar. 


Em alguns casos, o comportamento cruel e frio é desencadeado por algum dano cerebral, ou algum tipo de abuso infantil sofrido na infância, porém ao meu ver nada é capaz de justificar o sangue de pessoas inocentes derramados em prol de alguém que não vive sem matar. É como deitar a cabeça no travesseiro e sorrir pelo dever cumprido. A leitora é produtiva no sentido de passar muito conhecimento para quem gosta de estudar criminologia e pretende se especializar em áreas na qual é necessário o equilíbrio para lidar com diversas situações semelhantes. 

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